sábado, 18 de junho de 2016

             Pomba Gira Maria Mulambo
Muito conhecida e respeitada em qualquer terreiro de Umbanda, Maria Mulambo é um exemplo de como podemos evoluir quando trilhamos um caminho de ajuda e caridade aos irmãos mais necessitados.
Acostumada a bem atender a todos que procuravam sua ajuda nos Terreiros onde trabalhava, esta pomba-gira sempre foi muito requisitada para qualquer tipo de serviço.
O seu objetivo era ajudar aquele que estava à sua frente e assim ela fazia o que lhe era pedido. Infelizmente, as pessoas que procuram um Terreiro de Umbanda nem sempre procuram com sentimentos nobres, de ajuda, amor e caridade. São movidas, muitas vezes, por sentimentos mesquinhos de ódio e vingança. Assim, atendendo a estas pessoas, muitas vezes Maria Mulambo se via obrigada a fazer trabalhos de vibração inferior, onde além de prejudicar a “vítima” daquele trabalho, prejudicava a pessoa que fazia o pedido, aos dirigentes do Terreiro e a si própria, já que pela “Lei do Retorno”, recebemos de volta tudo aquilo que fazemos ao nosso semelhante.
Desta forma, ela, assim como todas as entidades que trabalham atendendo a qualquer tipo de pedido, era um espírito cuja evolução era direcionada pelas pessoas a quem atendia. Desta maneira a reencontramos nesta vida. Era, sem dúvida, um espírito alegre, divertido, poderoso e pronto a atender a qualquer tipo de pedido, independente se ia ou não prejudicar alguém. Um espírito com quem trabalhávamos com certa reserva, uma vez que não podíamos confiar totalmente nas pessoas a quem atendíamos.
Como nunca foi nosso objetivo “fazer maldades”, tínhamos por princípio não permitir que ninguém fizesse à Maria Mulambo um pedido de ordem inferior. Assim, conseguimos uma vibração de trabalho onde prevalecem o amor e a ajuda aos necessitados. E também assim conseguimos ajudar Maria Mulambo a libertar-se daqueles que a puxavam para uma vibração inferior.
Hoje, quando porventura aparece alguém com um pedido maldoso, ela, além de não atendê-lo, tenta convencer a pessoa a libertar-se de tal sentimento, mostrando a ela as consequências de um ato impensado. Dando à Maria Mulambo a oportunidade de trabalhar apenas no Bem, conseguimos ajudá-la a caminhar rumo a sua evolução espiritual e assim, com ela também nos ajudando a resgatar dívidas do passado, continuamos companheiras de uma mesma jornada, onde por mais que façamos por nossos semelhantes, ainda temos muito o que fazer para sermos merecedores de todas as graças que recebemos de nosso Pai Oxalá.
Maria Mulambo, hoje, é a grande responsável por estarmos conseguindo aos poucos cumprir nosso papel com a mediunidade e assim consertarmos um pouco do muito que erramos no passado. Sem a ajuda de Maria Mulambo, a quem carinhosamente chamamos de “Cigana”, não estaríamos hoje redescobrindo e amando a nossa querida Umbanda, que tanto bem nos tem feito e a tanta gente que dela se beneficia.
Maria Molambo, uma Pombagira que sempre se veste de trapos, teria sido, no final do período Colonial no Brasil, a noiva prometida a um influente herdeiro patriarcal e que, apaixonada por outro homem, com ele fugiu de Alagoas para Pernambuco. Foram perseguidos incansavelmente pela família ultrajada e desejosa de vingança e encontrados três anos e meio depois. O jovem amante foi morto e ela levada de volta ao pai que cuspiu em seu rosto e a expulsou de casa para sempre.
Como tinha uma filha pequena, a quem devia sustentar, Rosa Maria, este era seu nome, submeteu-se a trabalhar em casa de parentes na cidade de Olinda. Com a morte da filha, de novo viu-se na rua, prostituindo-se para sobreviver. Tuberculosa e abandonada, foi enfim buscada por parentes para receber a herança deixada pelos pais mortos. Rica, teria então se dedicado à caridade até sua morte, quando então, no outro mundo, conheceu Maria Padilha e entrou para a linha das Pombagiras.

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